RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ministro da Defesa, Paulo César Nogueira, afirmou ao Ministério Público Federal que não tomou conhecimento de "nenhum incidente [evento] de natureza político-partidária" durante os atos oficiais do 7 de Setembro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, usados como parte da campanha pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A manifestação, por escrito, foi feita no âmbito do inquérito civil aberto pela Procuradoria no Rio de Janeiro para investigar eventual desvio de finalidades dos gastos para organização do ato na orla carioca.
"As atividades que contaram com militares das Forças Armadas foram prontamente encerradas tão logo o desfile cívico-militar foi concluído, em inúmeras localidades no território nacional, sem a ocorrência de nenhum incidente de natureza político-partidária que tenha chegado ao conhecimento deste ministro de Estado", escreveu Nogueira.
O evento militar foi organizado de forma que Bolsonaro pudesse fazer um discurso político em outro espaço, num carro de som organizado pelo pastor Silas Malafaia. Grades foram colocadas para o deslocamento do presidente do palco oficial para o caminhão com aliados.
Bolsonaro deixou o palco oficial, em que Nogueira estava, quando aviões da Esquadrilha da Fumaça ainda faziam exibições previstas nos atos oficiais. Os discursos políticos no carro de som começaram quando as aeronaves ainda voavam pelos céus de Copacabana.
Nogueira afirmou também ao MPF que não tem conhecimento sobre os gastos porque o planejamento do evento foi feito pelas Forças Armadas. A informação, portanto, seria de conhecimento apenas dos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica.
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