SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bolsonaristas e petistas separados por uma grade. Foi assim que convidados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT) acompanharam o primeiro debate do segundo turno da eleição de São Paulo no lounge da TV Bandeirantes, na noite de segunda (10).
Um segurança também garantia a divisão do espaço entre eles.
A novidade foi adotada pela emissora para evitar confusões como as que foram registradas no debate presidencial do dia 28 de agosto. Naquela ocasião, o deputado federal André Janones (Avante-MG) e o ex-ministro Ricardo Salles (PL) partiram para a briga.
Além da troca de ofensas, eles ficaram cara a cara e colocaram o dedo em riste. Pouco depois, houve nova confusão entre Janones, o vereador de Belo Horizonte Nikolas Ferreira e o ex-BBB Adrilles Jorge (PTB), que era candidato a deputado federal.
Desta vez, o clima atrás das câmeras foi bem mais tranquilo, com raríssimas manifestações. O número de pessoas também era menor ?tanto que sobraram cadeiras vazias nos dois lados.
No espaço dos petistas, foi possível ouvir risadas quando Tarcísio prometeu levar a sede administrativa para o centro da capital paulista, mas errou o nome do bairro. Disse Campos dos Elíseos quando o correto é Campos Elíseos. Já o lado bolsonarista foi mais entusiasmado ao aplaudir o seu candidato ao final do debate.
Para a deputada federal eleita Marina Silva (Rede), que estava na comitiva de Haddad, "é lamentável termos chegado a essa situação". "Uma democracia dividida por grades", disse ela à coluna.
"Essa é a triste realidade que temos que mudar no dia 30, que o debate democrático volte a ser no tablado, não no cercado como [Jair] Bolsonaro [PL] introduziu", criticou.
A vice na chapa de Haddad, Lúcia França (PSB), também lamentou a necessidade da grade. "Mas no outro debate eu estava e quase fui atingida. É uma pena."
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