SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Rivais no segundo turno da disputa presidencial, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travaram discussão acalorada sobre questões referentes ao salário mínimo, hora extra de trabalhadores e décimo terceiro no início do debate da TV Globo, na noite desta sexta-feira (28).
Sorteado para fazer a primeira intervenção, Bolsonaro indagou sobre a propaganda eleitoral gratuita do adversário e rebateu alegações de que, se for reeleito, ele pretende congelar o salário mínimo e dar fim ao pagamento de horas extras. Na versão do postulante à reeleição, Lula teria veiculado tais acusações nas propagandas de TV e rádio com o objetivo de atacar o oponente.
O petista, por sua vez, chamou Bolsonaro de "mentiroso" e, em tom de ironia, afirmou que ele estaria "descompensado".
"Ao longo dos últimos dias, Lula, o seu partido foi à televisão e [usou] inserções de rádio para dizer que eu não ia reajustar o mínimo, que eu não ia reajustar as aposentadorias, e também que eu ia acabar com o décimo terceiro, com as férias e com as horas extras. Tu confirma isso? Fim do décimo terceiro, fim das horas extras e também das férias? Mentiroso. Não vai responder? Não vai responder sobre os teus programas eleitorais gratuitos?", indagou o atual mandatário.
"Parece que meu adversário está descompensado. Porque ele é um samba de uma nota só. Estou dizendo que mentiroso é o presidente Bolsonaro que, mentiu 6.498 vezes durante seu mandato e que só nos programas de televisão nós conseguimos 60 direitos de respostas das mentiras que ele conta. É isso", respondeu Lula, na réplica. "Então, é o seguinte presidente. Diga um pouco a verdade. Se quiser um tempo eu dou um tempo, descansa e conversa com sua assessoria para fazer um debate aqui pensando no futuro desse país."
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