Em segundo boletim realizado pela Polícia Militar e o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, realizada próxima ao fim das votações, neste domingo (30), foi informado que o número de ocorrências registradas em Minas Gerais subiu de 41, até o final da manhã, para 125. A mais grave delas foi a prisão de um mesário em Poços de Caldas. Ele estava vestindo a camisa da seleção brasileira e influenciava os votos de quem ia em sua seção. Uma eleitora denunciou. Ele foi encaminhado pela PM para a Polícia Civil. Ao todo, são 32 pessoas presas e conduzidas em todo estado e, ainda segundo as autoridades da segurança pública, nenhuma das ocorrências inclui situações de violência.
"A Polícia Civil está recebendo essa ocorrência, que foge ao padrão e todas as outras. Temos uma preocupação final da tarde, porque pode chover. A Cemig nos passou que isso pode trazer algum problema", destacou o diretor de operações da Polícia Militar e comandante da Operação Eleições 2022, coronel Flávio Godinho Pereira.
O coronel ressaltou que às 17 horas o TRE vai finalizar a votação e a PM vai dar o suporte para o recolhimento das urnas, a preparação para a apuração e também para acompanhar as comemorações que podem ocorrer depois da divulgação dos resultados. "Temos uma tropa aquartelada para que possa ser acionada, caso algo ocorra algum local em Minas que necessite de um aporte maior de posicionamento, não só em BH como em qualquer outra região, como trocas, policiamento a pé, tático móvel e aeronaves em condições de transportar tropa para movimentar dentro do Estado".
Pela manhã,segundo o coronel Eduardo Felisberto, chefe do Estado-maior da Polícia Militar, em Carandaí, Cachoeira Dourada e Monte Alegre de Minas três eleitores foram detidos por fotografar ou filmar as urnas. A quarta prisão ocorreu no município de Poté, no Vale do Mucuri, de um eleitor que entregava bottons na porta do local de votação. Além dessas foram registradas outras 37 infrações.
O coronel destacou que, em nenhuma das ocorrências, houve registro de violência. "É importante ressaltar nesse primeiro momento o trabalho que foi feito na estruturação para que o processo eleitoral pudesse ser desencadeado pela manhã. Estivemos quase mil policiais empenhados na manhã na região metropolitana. Só com a distribuição de urnas, em torno de 49 mil urnas distribuídas pela PM, nos locais e 10 mil locais de votação em todo o estado."
Não houve também segundo o chefe do Estado-Maior, nenhuma dificuldade para os eleitores." Tanto para o eleitor comum, quanto aqueles eleitores que gozam da prioridade do voto, o idoso,a grávida, o policial em serviço, nenhum problema. Tampouco filas que pudesse atrapalhar a votação. Os locais estão apresentando uma fluidez muito boa." Sobre as questões relativas ao transporte público, o coronel Eduardo Felisberto ressaltou que não foi feito nenhum registro sobre o assunto. Ele destacou que, mediante alguma violação, é imprescindível comunicar à polícia.
"Importante dizer que, para que qualquer medida ser tomada, é preciso ter o registro da ocorrência. Não adianta só a denúncia na rádio e na TV, precisa ser registrado para formalizarmos a denúncia para o Tribunal, para que as providências possam ser tomadas por parte desse", orienta.
O desembargador Maurício Soares, presidente do TRE-MG, reiterou que a manhã de votação foi tranquila, sem nenhum registro de problema que possa interferir no andamento das eleições. "Estamos com 148 urnas que foram substituídas, isso aconteceu em 97 municípios,que corresponde a 0.30% do nosso total e está absolutamente dentro do previsto. Essas urnas foram todas substituída e as urnas eletrônicas que foram colocadas no lugar estão funcionando perfeitamente."
O disque eleitor recebeu em torno de 1.100 ligações. Porém, conforme o desembargador, as principais demandas recebidas por essa plataforma, são informações sobre locais de votação. Em Bias Fortes foi registrada interrupção de energia em uma escola. "Lá votam 127 eleitores. A Cemig está lá para restabelecer a luz. Esse local de votação continua a funcionar normalmente. Até porque a bateria da urna tem ai uma capacidade de 10 horas de funcionamento sem a energia elétrica."
Sobre o descumprimento do passe livre no metrô de Belo Horizonte, o desembargador Maurício Soares informou que tem conhecimento das denúncias, no entanto, a competência de avaliação das queixas é do Supremo Tribunal Federal. "Parece que é uma ação popular que corre na Justiça Federal. As informações que temos são de que um cidadão entrou com a ação foi deferido, o metrô está sendo comunicado. Não temos reclamações sobre o transporte de passageiros urbanos em ônibus."
Maurício ainda destacou que visitou alguns locais de votação e não havia filas longas e, por conta de ter apenas um cargo para ser votado, o tempo de espera é reduzido.
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