SÃO PAULO, SP (FOLHAPRES) - Terminais de ônibus municipais e estações de trem e metrô no centro expandido de São Paulo tiveram neste segundo turno das eleições movimento acima do normal para um domingo, mas nada que tenha provocado incômodo ou reclamação por parte da maioria dos passageiros até o início da tarde.

Respaldados pela liberação promovida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a prefeitura da capital e o governo estadual concederam passe livre.

Nos ônibus, foi possível até mesmo viajar sentado nos bairros centrais da capital. O Terminal Parque Dom Pedro 2º, na Sé, por exemplo, teve movimentação abaixo da esperada, segundo fiscais.

O instrutor de prática veicular Edvaldo Francisco de Sobral, 56, aprovou a gratuidade. Ele mora na Fazenda da Juta, na zona leste, e foi até a Liberdade, no centro, para votar. "Está ótimo, até por terem, como eles disseram, colocado ônibus a mais", disse.

A experiência da passagem gratuita foi tão boa que a auxiliar administrativo Caterine Rodrigues Alves, 29, disse que poderia se repetir ao menos nos domingos convencionais.

Neste domingo, ela fez a baldeação entre metrô e trem na estação da Luz para seguir para o Itaim Paulista, na zona leste, onde mora. Depois, ainda tomaria um ônibus para o bairro vizinho de Guaianases.

"A gente paga tanto imposto, a condução é tão cara e péssima. Pelo menos um dia na semana [de graça], para passear ou, como a gente, voltar do trabalho", disse ela.

A catraca livre também agradou a analista de crédito imobiliário Isabele Venâncio, 23. Ela mora na Parada Inglesa e vota em Parada de Taipas, ambas na zona norte, mas distantes. Se fosse pagar, gastaria mais de R$ 15 com transporte. "Existe uma população pobre na periferia e ter o transporte gratuito ajuda a votar", afirmou.

No Terminal Rodoviário do Tietê, houve fila no início da tarde nos guichês da empresa responsável pelas linhas para o vale do Paraíba e litoral norte. Atendentes relataram até o dobro de movimento que nos domingos comuns e motoristas disseram que os ônibus partiram lotados.

O médico veterinário Rafael Pedroso Vargas, 32, ficou 40 minutos aguardando pela oportunidade de tirar a passagem para Taubaté. Ele disse que atrapalhou um pouco, porque trabalhou a noite inteira no plantão e retornaria à capital ainda neste domingo.

Mesmo assim, aprovou o passe livre. "Facilitou principalmente para quem não tem condição. Muita gente não teria como se transportar nem mesmo dentro da cidade", disse.


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