SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e o IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros) classificaram como inaceitáveis as operações da PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao longo deste domingo (30), que descumpriu uma ordem do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de não realizar operações envolvendo o transporte público de passageiros durante o processo de votação.

"Manifestamos que os agentes públicos que descumprirem a decisão do TSE deverão responder administrativa e criminalmente por seus atos", escreveram em nota conjunta Octávio Costa, presidente da ABI, e Sydney Sanches, presidente do IAB.

A avaliação deles é de que o comportamento da PRF ao longo do dia "não encontra precedentes na história recente de nossa democracia" e pode favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

No início da tarde, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, se reuniu com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e se comprometeu a interromper as abordagens em ônibus. Após a reunião, Moraes afirmou que nenhum eleitor foi impedido de votar por causa das operações, porém o caso ainda será investigado.

Para os presidentes da ABI e da IAB, o descumprimento da ordem pode caracterizar abuso de poder político e ataque à vontade popular.

Eles também reafirmaram confiança no TSE e na competência do órgão para comandar as eleições no país.


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