SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Aglomerados em frente a aparelhos de televisão em bares na Avenida Paulista, apoiadores de Lula acompanharam o discurso do presidente eleito.
"Nordeste! Nordeste!", gritou a multidão para lembrar a região do país decisiva na eleição do petista.
Logo a informação de que ele deixaria o hotel onde estava e iria a palanque montado em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) a se espalhar. A espera provocou ataques a Bolsonaro, ao governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) e até a Neymar, capitão da seleção brasileira que declarou voto em Jair Bolsonaro.
A chegada de caminhões com equipamentos que seriam usados no pronunciamento de Lula foram aplaudidos. Ao mesmo tempo, às 21h15, começava queima de fogos de artifício.
A aglomeração nesta região da Paulista se tornou perigosa em alguns momentos. O espaço para movimentação de pessoas era pequeno e empurra-empurra fez com que mães alertassem, aos gritos, que estavam com crianças.
Para tentar ter uma visão do palanque, houve quem se pendurasse em postes ou árvores.
A chegada de Lula ao local fez com que as pessoas fizessem a letra L com as mãos e entoassem o nome do presidente eleito e, na espera pelo início do discurso, criaram a rima do "ei, você aí avisa o Bolsonaro que o sigilo vai cair."
Com a demora para o início por causa de problema no carro de som, o alvo passou a ser o camisa 10 da seleção brasileira: "Neymar, vai se foder. A seleção não precisa de você."
A Polícia Militar não tinha estimativa de quantas pessoas estiveram na Paulista na noite deste domingo. A atitude dos oficiais foi relaxada. Fizeram vistas grossas até para quem urinou na rua, ao lado de viaturas.
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