CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O empresário e publicitário Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), 41, foi reeleito neste domingo (2), no primeiro turno, como governador do Paraná para os próximos quatro anos, segundo projeção do Datafolha.
Ao lado do vice, Darci Piana, ele bateu seu principal adversário, o advogado e jornalista Roberto Requião (PT), segundo colocado na apuração que ocorre neste domingo (2).
Nascido em Jandaia do Sul (PR) em 19 de abril de 1981, Ratinho Júnior é formado em marketing e propaganda, tem pós-graduação em direito de Estado e especialização em administração tributária e reforma fiscal e sociedade.
Empresário, administrador de empresas e comunicador, é filho de Solange Martinez Massa e do empresário e apresentador do SBT Carlos Massa, o Ratinho. É casado com Luciana Saito Massa, com quem tem três filhos: Alana, 18, Yasmin, 14, e Carlos Roberto Massa Neto, 9.
Ratinho já foi deputado estadual pelo Paraná (2003-2006), aos 21 anos, e também deputado federal (2007-2015).
Em 2012, foi ao segundo turno da eleição à Prefeitura de Curitiba, mas não venceu, e em 2014 voltou a conquistar uma cadeira da Assembleia Legislativa do Paraná, onde ficou até 2018, quando foi eleito governador já no primeiro turno, assim como agora. Foi o segundo governador mais jovem do estado, aos 37 anos.
Ratinho fez uma campanha sem muitas ameaças ou críticas aos adversários, destacando sempre suas ações enquanto governador. Ao longo de seu mandato, porém, enfrentou polêmicas, como a implantação de colégios cívico-militares, a mudança no modelo de escolha de diretores de escolas estaduais, a reestruturação de órgãos ligados à proteção ambiental e a privatização da Copel Telecom, subsidiária da companhia elétrica Copel.
Durante a pandemia da Covid-19, pouco se posicionou com relação aos atos do presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem apoia e de quem recebe apoio nesta eleição.
Em Sabatina no jornal Folha de S.Paulo, Ratinho Júnior afirmou que tem um bom relacionamento com o presidente e gratidão pelos investimentos feitos pelo governo federal no estado. Segundo ele, o Paraná foi o estado que mais recebeu visitas de Bolsonaro durante seu mandato.
Ratinho ficou, por exemplo, fora de manifestações coletivas de governadores que cobravam atuação mais firme de Bolsonaro no enfrentamento à crise sanitária.
Em relação à gestão da pandemia, ele disse que seu governo lidou com a questão sempre baseado na ciência. Para ele, o seu bom relacionamento com o presidente não significa que os dois tenham os mesmos pensamentos sobre todos os assuntos.
Com maioria na Assembleia Legislativa, teve poucos incômodos práticos. Nesta campanha, tentou evitar o clima de "já ganhou", embora tenha liderado as pesquisas de intenção de voto desde o início da corrida eleitoral.
PROPOSTAS
Em seus projetos para o governo está transformar o estado em uma central logística do continente sul-americano.
De acordo com ele, o Paraná está no centro de uma região que representa 70% do PIB (Produto Interno Bruto) da América do Sul, com posicionamento estratégico em relação às regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além de Paraguai e Argentina.
Ratinho Júnior também pretende continuar fornecendo incentivos fiscais para atrair empresas e investimentos para o estado. Para ele, a prática gera empregos e atrai empresas que vão atuar como fornecedoras e, consequentemente, pagar impostos.
Também participaram da disputa no Paraná os candidatos Ricardo Gomyde (PDT), professora Angela Machado (PSOL), Solange Ferreira (PMN), Vivi Mota (PCB), Adriano Teixeira (PCO), Joni Correira (DC) e Ivan Bernardo (PSTU).
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