RIO BRANCO, AC (FOLHAPRESS) - O engenheiro Civil Gladson Cameli (PP), 44, foi reeleito governador do Acre neste domingo (2), projeta o Datafolha. Ele venceu a disputa contra o candidato Jorge Viana (PT). Com 56,52% dos votos, Cameli venceu o segundo colocado, que alcançou 24,30%.
Em 2018, quando foi eleito governador pela primeira vez, Cameli também derrotou um candidato do PT, colocando, naquela eleição, fim a uma hegemonia de 20 anos do partido no Acre.
Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), Cameli viu o presidente visitar estados vizinhos do norte do país, mas não pode contar com a presença dele em um ato de campanha.
Formado em engenharia civil pela Universidade Nilton Lins, foi deputado federal por dois mandatos, senador e segue agora para o segundo mandato como governador.
Em 2019, quando assumiu o governo, pegou o estado com salários atrasados. Trocas sucessivas de secretários, racha com o vice-governador e a dificuldade para executar emendas parlamentares estiveram entre os problemas da gestão.
Na reta final da campanha, participou de dois debates na TV. Atacado por todos os adversários, optou por não participar do último, realizado na quinta-feira passada.
No início do terceiro ano de gestão, categorias como educação, segurança e saúde deflagraram greves cobrando reajuste salarial. Como o estado havia superado o teto de gastos com pessoal, Cameli sofreu desgaste político na época.
Em dezembro do ano passado, o governador foi alvo da operação Pitolomeu, da Polícia Federal, autorizada pelo STJ, de desvio de verba estadual. Ele nega.
A vice governadora eleita é a senadora Mailza Gomes (PP), que assumiu justamente a vaga quando Cameli foi eleito governador em 2018.
Esta é a quinta eleição consecutiva de Gladson Cameli. A primeira foi em 2006, para deputado federal, sendo reeleito em 2010. Em 2014 venceu a disputa para o senado em 2018 foi eleito governador no primeiro turno.
Senador por dois mandatos, Jorge Viana (PT) governou o Acre por oito anos (1999-2006) e também foi prefeito da capital. Natural de Rio Branco, é casado e pai de três filhas.
Engenheiro florestal e empresário, presidiu o Conselho de Administração da Helibras. Candidato do ex-presidente Lula ao governo, Viana foi derrotado para o senado em 2018.
Também participou da disputa Márcio Bittar (União Brasil), que já ocupou os cargos de deputado estadual e federal. É casado com a candidata ao senado Márcia Bittar e pai de três filhos.
Em 2014 disputou o governo do Estado, mas acabou derrotado pelo médico Tião Viana (PT). Relator do orçamento do governo Bolsonaro, decidiu lançar a campanha de governador no dia em que se encerrava o prazo de inscrição de chapas, depois de romper com o atual governador.
Concorreram ainda Mara Rocha (MDB), Sérgio Petecao (PSD), Nilson Euclides (PSOL) e David Hall (Agir).
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