SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Caso a deputada Gleisi Hoffmann (PR) seja confirmada como ministra, precisará deixar a presidência do PT, que comanda há cinco anos. Seu mandato só se encerra em 2024.

O artigo 33 do estatuto do partido proíbe o acúmulo das funções e determina a convocação de nova eleição entre os membros do diretório em até 60 dias. De imediato, assume um dos vice-presidentes.

A sucessão terá o dedo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas dirigentes já apontam como favoritos o deputado José Guimarães (CE), um dos cinco vice-presidentes da sigla, e o ex-ministro Luiz Dulci.

Nos bastidores, Gleisi é cotada para o Ministério do Planejamento ou para alguma secretaria no Palácio do Planalto. Lula se diz grato pela forma como a deputada conduziu o partido quando ele esteve preso.

A Executiva Nacional do PT se reúne na segunda-feira (7), e membros da direção defendem que já seja discutida a participação de filiados do partido no governo Lula.

Gleisi Hoffmann, coordenadora política da transição de governo, afirma que ainda não é o momento de se debater o tema do preenchimento de cargos.

"Não é hora para isso. Nem tampouco criar comissão. É uma reunião para avaliar o quadro pós-eleitoral e o momento da transição. E também marcar a reunião de nosso diretório nacional", disse.


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