SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Não foi em clima de que festa que ocorreu a primeira reunião do comando do PT após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

Reunidos nesta segunda-feira (7), integrantes da Executiva Nacional do PT cobraram maior espaço na equipe de transição do governo Lula, hoje sob o comando do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

Além de coordenada por Alckmin, a equipe de transição tem o ex-deputado Floriano Pesaro, também do PSB, na função de secretário-executivo.

Durante a reunião desta segunda-feira, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), ouviu reclamações dos integrantes do comando partidário, especialmente da corrente do próprio Lula, a CNB.

Mas não só. Segundo participantes da reunião, o secretário de Relações Internacionais, Romênio Pereira, queixou-se de estar fora da organização da viagem de Lula ao Egito, onde ocorre a COP 27, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, embora seja essa uma de suas atribuições na executiva do PT.

Romênio encabeça a corrente denominada Movimento PT, que se alia à CNB em disputas internas do partido.

Ainda segundo participantes, Romênio afirmou que a secretária de meio ambiente do partido também foi alijada dos preparativos da viagem de Lula. Em resposta, Gleisi alegou que o presidente eleito --e não o PT-- quem foi convidado a integrar a comitiva organizada por governadores da região amazônica.

Em meio a um reunião descrita pelos participantes como tumultuada, a tesoureira partido, Gleide Andrade, e o secretário da Comunicação do PT, Jilmar Tatto, propuseram a criação de uma comissão do partido para acompanhar o trabalho da equipe de transição.

Ficou definido que Gleisi centralizará as indicações que os dirigentes do PT viriam a apresentar.

Como era virtual, a reunião foi abruptamente interrompida quando a comissária de bordo pediu que os passageiros do avião em que Gleisi viajava para Brasília desligassem os aparelhos de celular.

Uma nova reunião deverá ser convocada para a sexta-feira (11). Antes do imbróglio, o deputado Jose Guimarães (PT-CE) apresentou ao partido a estrutura da equipe de transição, do qual parte do comando petista se diz excluída.

Ao final, ficou definida a instalação de uma comissão também para ajudar a organizar a posse, com apoio de movimentos sociais.

Horas antes da reunião, no entanto, foi anunciado que a organização da festa ficará a cargo da futura primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.


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