SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - De acordo com as organizações de direitos humanos Justiça Global e Terra de Direitos, foram registrados, no segundo turno das eleições de 2022, 80 casos de violência política e eleitoral. Dá uma média de dois casos e meio por dia.

Candidatos e mandatários de cargo eletivo foram o alvo em 19 ocasiões.

Os outros 61 casos foram contra eleitores, lideranças religiosas e jornalistas. Desses, oito foram assassinatos, oito atentados, 10 ameaças, 29 agressões e seis ofensas.

A maior parte das mortes, seis delas, foi de apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT); dois eram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para a coordenadora da Justiça Global, Glaucia Marinho, a situação é um reflexo do discurso de ódio incentivado pelo presidente de Bolsonaro. "Apenas após o resultado das eleições, registramos 4 assassinatos. Esses casos são resultados do discurso de ódio contra a oposição disseminado pelo chefe do Poder Executivo, bem como a tentativa de desacreditar o processo eleitoral brasileiro".

As duas entidades vêm monitorando os episódios de violência política desde o início deste ano. Os dois meses que antecederam o primeiro turno das eleições, ocorrido no dia 2 de outubro, registraram uma média de quase dois casos de violência política e eleitoral por dia. É o que aponta o mais recente estudo das organizações da sociedade civil Justiça Global e Terra de Direitos, que monitoram o cenário no Brasil desde 2016.


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