SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará início na próxima semana à montagem da chamada "cozinha" do Palácio do Planalto, composta por sua assessoria direta.
Aliados do petista afirmam que ele mantém sigilo sobre quem ocupará gabinetes vizinhos ao seu nos próximos quatro anos, mas já fazem suas apostas sobre o núcleo de governo.
Lula tem dito a aliados que só deverá anunciar sua equipe a partir do próximo dia 10.
Assessor direto de Lula, o cientista político Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola, encabeça a lista para a chefia de gabinete do futuro presidente. Titular da vaga nos dois mandatos de Lula (2003 a 2010), Gilberto Carvalho costuma repetir que Marcola será o seu "sucessor" no Planalto.
Para a Casa Civil, pasta responsável pela coordenação dos ministérios, aliados do presidente eleito apostam no governador da Bahia, Rui Costa (PT), especialmente se a opção for por um perfil gerencial, a exemplo do exercido por Dilma Rousseff (PT), com destaque no segundo mandato de Lula.
Rui Costa desistiu de concorrer ao Senado nas últimas eleições para permanecer no cargo durante a exitosa campanha do PT no estado, quando o ex-secretário estadual Jerônimo Rodrigues (PT) derrotou ACM Neto (União Brasil) em uma dura disputa.
Em viagem a Bahia, Lula chegou a afirmar que esperava contar com ele no seu governo.
Ainda sobre a Casa Civil, nomes como os de Jaques Wagner (PT) e Gleisi Hoffmann (PT) despontam se a escolha pender para um papel político, possibilidade considerada remota.
Para a Secretaria-Geral da Presidência, função dedicada à articulação com a sociedade civil, um cotado é o advogado Marco Aurélio de Carvalho. Coordenador do Grupo Prerrogativas, promoveu encontros e atuou na organização de movimentos em defesa da democracia durante a campanha.
Coordenador da campanha vitoriosa do PT no Ceará, o deputado federal José Guimarães (CE) também é citado para a articulação. Outro destino para Guimarães seria a liderança do governo na Câmara.
Amigo de Lula, o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP) também é cogitado para o cargo.
Apontado como coringa, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) é citado para o Ministério das Relações Institucionais, responsável pela articulação política e cargo que já ocupou sob Lula.
Para a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), as apostas recaem sobre o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT). Embora ele repita a interlocutores que preferiria não assumir o cargo, petistas avaliam que não recusaria um convite de Lula.
Ex-chanceler, o diplomata Celso Amorim deverá assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos, que retomará o status de ministério na gestão de Lula. Já Márcio Macedo, tesoureiro da campanha de Lula, poderá assumir função nesse núcleo de governo, caso não suceda Gleisi na presidência do PT.
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