SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - Antes recluso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a aparecer em frente ao Palácio da Alvorada. Neste domingo (11), ele apareceu no local durante a tradicional cerimônia de arriamento da bandeira nacional, que acontece às 18h.
Mas, ao contrário da sexta-feira (9), o presidente não discursou. Ao som de "fica, Bolsonaro", ele permaneceu alguns minutos parado e em silêncio diante da multidão que se formou no local, chegou a caminhar perante os manifestantes, e acompanhou um momento de oração, conduzido por um homem que se identificou como um pastor do Distrito Federal.
Os momentos foram transmitidos em redes sociais do presidente. Bolsonaro chegou a ficar acompanhado de uma menina que vestia uma blusa azul do Brasil e atravessou o espelho d'água em direção a ele. Os dois se abraçaram e se emocionaram, e depois caminharam de mãos dadas pelo gramado.
Ao final, o presidente apenas desejou "boa noite" aos bolsonaristas antes de deixar o local. Os apoiadores seguiram gritando e aplaudindo Bolsonaro.
Na sexta-feira (9), Bolsonaro disse que os apoiadores serão os responsáveis por decidir seu futuro. Naquela ocasião, o presidente quebrou um silêncio que durava desde o fim das eleições em que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro também usou o momento para dizer que é "o chefe supremo das Forças Armadas". A fala demonstrou uma manutenção do tom que o presidente usava antes das eleições, insuflando os seus apoiadores que estão acampando em frente a quarteis do Exercito em vários estados do Brasil.
Desde o dia 30 de outubro, apoiadores de Bolsonaro realizam protestos golpistas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). São movimentos que começaram fechando rodovias e, depois, migraram para as portas de quarteis com pedidos de "intervenção federal" e para que as Forças Armadas "salvem o Brasil".
A última vez em que o presidente falou diante da imprensa foi em 1º de novembro, também no Palácio da Alvorada, ocasião em que não reconheceu o resultado da eleição e terceirizou para o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), a autorização para o começo da transição. Na ocasião, estradas federais e estaduais enfrentavam bloqueios de bolsonaristas em atos golpistas.
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