BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O delegado federal Ricardo Saadi comandará a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal. Entre as áreas subordinadas à Dicor está a equipe encarregada de investigar políticos com prerrogativa de foro nos tribunais superiores.

Saadi chefiou a Superintendência da PF no Rio de Janeiro entre abril de 2018 e agosto de 2019. Foi exonerado do cargo em meio a suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corporação para proteger familiares e aliados. O mandatário alegou "problemas de produtividade" na gestão Saadi para substituí-lo.

Comandada pelo delegado Andrei Rodrigues, a nova cúpula da PF será composta também pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes. Ele chefiará a DIP (Diretoria de Inteligência Policial).

Fernandes foi responsável pela primeira fase das investigações do atentado a Bolsonaro nas eleições de 2018. O policial concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho.

Fernandes teve sua nomeação travada pela Casa Civil para ocupar um cargo de confiança na PF, segundo mostrou o Painel. Ele tinha sido indicado pelo então diretor-geral da corporação, Paulo Gustavo Maiurino, para ocupar um posto na DIP. O tipo de cargo exigia que a documentação passasse pela Casa Civil, que não deu andamento.

No final do ano passado, Fernandes acabou sendo designado para trabalhar por dois anos em força tarefa em Nova York, nos Estados Unidos.

Para dar prosseguimento à apuração do crime cometido por Adélio, a PF escolheu um outro delegado (Martín Bottaro Purper), que busca desvendar se houve mandantes e financiadores.

A delegada Helena Rezende Mazzocco foi escolhida para a Corregedoria-Geral.


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