SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O advogado Fábio Tofic Simantob, vice-presidente conselho do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa), acredita ser importante investigar o ex-ministro Anderson Torres, mas alerta para o risco de banalização da prisão.
"Investigar é importante, porque muitas coisas precisam ser explicadas. Mas, como Anderson não ocupa mais cargo público, não me parece caso de prisão para garantia da ordem pública", sustenta.
Ele destaca a postura do ex-ministro, que se apresentou às autoridades após o pedido de prisão decretado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
"Seu imediato retorno ao Brasil ao saber da prisão, também mostra que não há risco de fuga. A prisão antes da condenação não pode ser banalizada", sustenta.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal ao retornar dos Estados Unidos.
Torres é o primeiro a ocupar o cargo de ministro da Justiça a ser preso desde a redemocratização e o primeiro integrante do governo Bolsonaro preso em consequência dos atos antidemocráticos. Ele ficará em uma unidade prisional da PM.
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