BRASÍLIA, DF (UOL-FOLHAPRESS) - Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-executivo do Distrito Federal, disse em depoimento que à Polícia Federal Anderson Torres aprovou, em 6 de janeiro, o Plano de Ações Integradas -o que definiu as ações das forças policiais e o tamanho do efetivo em 8 de janeiro.
Ouvido pela PF nesta quinta (19), Fernando Oliveira disse que o então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, não passou nenhuma orientação específica para inibir a manifestação golpista que deixou o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal destruídos.
Fernando Oliveira afirma que Torres não o "apresentou aos comandantes das forças policiais" antes de viajar aos Estados Unidos, onde passaria "férias". Oliveira ficou como substituto na SSP-DF enquanto o titular estava em Orlando -mesmo local onde ainda está o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Torres voltou ao Brasil no último final de semana e está preso no 4º Batalhão da PMDF. Ele é investigado em inquérito no STF por ter supostamente facilitado a ação dos bolsonaristas radicalizados. Apesar da alegação de férias, o ex-ministro da Justiça só poderia entrar em licença em 9 de janeiro, um dia depois do ato golpista.
O ex-secretário Fernando Oliveira foi demitido pelo interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, em 10 de janeiro. Ele foi alvo de críticas depois que um áudio em que relata "clima tranquilo" antes da insurreição bolsonarista veio a público. O destinatário da mensagem de voz era o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
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