SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após a divisão na bancada evangélica, um novo racha afeta a base política associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, envolvendo a frente parlamentar da segurança pública, conhecida como "bancada da bala".

Na raiz da disputa está a briga por espaço entre as Polícia Militares, face mais visível do aparato de segurança pública no Brasil, e as demais forças que atuam na área.

Coronel aposentado da PM do Distrito Federal e um dos expoentes mais conhecidos do segmento, o deputado Alberto Fraga (PL) diz que tem apoio na Casa para presidir a frente. "Se não houver traição, tenho maioria", afirma. Ele conta com o apoio do atual presidente da frente, Capitão Augusto (PL-SP), também da PM.

Egresso da Polícia Rodoviária Federal, o deputado Nicoletti (União-RR), diz defender uma frente mais "participativa". "Nos últimos anos, a frente lutou mais por uma categoria do que para as demais", afirma, em referência à PM. "Eu quero incluir os guardas municipais, policiais penais, policiais rodoviários, federais e civis", afirma.

Há também uma diferença de interpretação regimental. Nicoletti está recolhendo assinaturas para recriar a frente, uma formalidade a cada início de legislatura, e entende que isso lhe garante a presidência do colegiado. Já Fraga afirma que é preciso haver uma votação interna.

A estimativa é que a bancada da bala tenha cerca de 300 deputados na nova legislatura.


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