BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), tornar público o cartão de vacinação do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é "inadequado e até uma ilegalidade".
"Trata-se de uma questão de foro íntimo, não tem nenhuma relação com o fato de ele ter sido presidente ou não. Se ele optou por não se vacinar, é por conta e risco dele", afirmou à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
O senador repetiu o discurso adotado por aliados durante as eleições de 2022, de que o ex-presidente "fez o que tinha de fazer" para garantir vacina a quem quis se imunizar. Para ele, a quebra de sigilo não passa de uma "cortina de fumaça" para esconder uma ausência de notícias positivas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga vai na mesma linha. "Segundo a Constituição Federal, art. 5º, inciso X, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação", pontuou.
A CGU (Controladoria-Geral da União) decidiu retirar o sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi antecipada pelo Metrópoles e confirmada pela Folha de S.Paulo.
O ex-mandatário afirma não ter se vacinado contra a Covid e divulgou tratamentos sem eficácia científica durante o auge da pandemia.
O conteúdo do cartão deve ser repassado para quem fez o pedido de LAI (Lei de Acesso à Informação) para o Ministério da Saúde e tem um recurso em análise na controladoria. A estimativa no órgão é a de que a informação seja liberada até o fim da semana.
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