BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A solenidade do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça-feira (7) em homenagem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tornou-se palco de críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), esteve presente, mas não foi homenageado. Durante o governo Bolsonaro, Pacheco se notabilizou pela defesa do sistema eletrônico de votação, enquanto o então chefe do Executivo levantava suspeitas contra o trabalho do TSE.
Lira, apesar de ter defendido as urnas, evitava se contrapor às ofensivas de Bolsonaro contra as instituições.
A retribuição pela defesa do Judiciário feita por Pacheco veio nesta terça-feira (7). A ministra Cármen Lúcia discursou em nome do tribunal e agradeceu a defesa do tribunal feita pelo senador.
Ela disse que Pacheco é um "exemplo" e que o "povo merece respeito e os cargos estatais impõem a compostura institucional que o senador ostenta".
"Não há de se ter mais lugar no Brasil a descompostura no desempenho de funções públicas e quem dá o tom da seriedade estatal e do respeito físico em primeiro lugar é o agente público. O senador é modelo nessa atitude de moderação e empenho", disse.
Ela não citou Bolsonaro, mas afirmou que o país experimentou conflitos "instigados por contaminação de ideias de destruição democrática, por mentiras destiladas, falsidades divulgadas, dúvidas insufladas contra instituições e agentes sem qualquer embasamento que não a mera vontade de desfazer o feito e legitimado".
"Não vivemos tempos de facilidades humanas nem civilizatórias. Diferente disso, temos experimentado tumultos com os quais já não contávamos e esperávamos superar as ideias antidemocráticas e contrárias às liberdades, mas os devaneios autoritários não descansam nem dão sossego", afirmou.
E prosseguiu: "Os últimos tempos da história brasileira mostraram ataques à democracia, às liberdades individuais, sociais e coletivas, às eleições, instrumento de legitimação democrática, e ao Poder Judiciário, garantidor em última instância da eficácia jurídica e da efetividade social da Constituição do primado da lei sobre o voluntarismo".
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