SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Detratores de Jair Bolsonaro (PL) colocaram no ar um site apócrifo que satiriza a loja oficial de produtos do ex-presidente, a Bolsonaro Store. Intitulado "Bolsonaro Shop", o endereço mostra itens como uma capa para tornozeleira eletrônica estampada com a bandeira do Brasil, as joias supostamente trazidas da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro e uma caneca com a inscrição "o que é golden shower?".
"Somos a Bolsonaro Shop, a loja definitiva para honrar o legado do Jair", diz um manifesto publicado no site. "O Orkut veio antes do Facebook. O MySpace veio antes do Spotify. A Bolsonaro Store veio antes da Bolsonaro Shop. Chegar antes não significa nada", afirma ainda.
Nenhum dos produtos, no entanto, está disponível para venda de verdade. O botão de compra direciona o usuário para uma página que pede doações para os indígenas yanomamis e para as famílias do litoral note de São Paulo atingidas pelo deslizamento ocorrido no mês passado.
Um chaveiro que reproduz a escultura "A Justiça", localizada em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), pichada com os dizeres "perdeu, mané" também é disponibilizada. A frase, dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, foi inscrita no monumento durante os ataques golpistas de 8 de janeiro.
"O Barroso deu a real prum minion chato, mas o gado não gostou e resolveu fazer arte. Adquira agora mesmo esse pequeno souvenir do dia em que os fanáticos bolsonaristas depredaram a sede dos três poderes e c*garam (literalmente) pra sempre na imagem do Brasil lá fora", afirma a descrição do chaveiro da "Bolsonaro Shop".
"Infelizmente esses produtos existem apenas em nossos corações. Mas você pode usar a sua grana para mitigar os efeitos perversos da gestão Bolsonaro", diz uma mensagem. "Se um dia esses produtos forem reais... Deixe seu nome e email aqui e avisaremos você", acrescenta.
O endereço do site apócrifo passou a circular em grupos de WhatsApp na terça-feira (7). Um pôster de um ensaio nu feito pelo ex-secretário da Cultura e deputado federal Mario Frias (PL-SP) e a "amizade" com o ex-policial Fabrício Queiroz também são "vendidos". "R$89.000,00 (aceitamos pagamento apenas em cheque)", diz a descrição, em referência ao caso das rachadinhas.
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