SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Passados dois meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não conseguiu escolher quem será o próximo defensor público-geral federal. De acordo com integrantes do governo, há avaliação de que os três indicados pela lista tríplice são simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O último ocupante do cargo, o defensor Daniel Macedo, chegou a ser indicado por Bolsonaro para a recondução, mas a sabatina não foi pautada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o nome foi retirado por Lula quando assumiu o governo.

Macedo é evangélico e é visto pelo Palácio do Planalto como alinhado a Bolsonaro e às pautas conservadoras.

Os outros dois enfrentam resistência pelo mesmo motivo. Igor Roque, ex-presidente da Anadef (Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais), chegou a figurar como favorito com o apoio do ex-deputado federal João Paulo Cunha. Nos últimos dias, no entanto, começou a circular uma foto dele ao lado de Bolsonaro, que o queimou na disputa.

Já Leonardo Magalhães tem recebido críticas por ter sido citado pela CPI da Covid. Em mensagens obtidas pelos parlamentares a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, intercede por ele junto ao então ministro da Secretaria Geral, Jorge Oliveira. Ela diz que Magalhães seria um candidato "alinhado" com os valores deles, "técnico a apoiador do Jair".

Enquanto isso, defensores reclamam a instituição está acéfala e que decisões importantes estão paralisadas.


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