SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à Record TV, que vai entregar "com dor no coração" as armas que ele recebeu da Arábia Saudita.
Ele disse que nunca houve o objetivo de "sumir com esse material". "Está à disposição, desde o primeiro momento. Não existe da nossa parte qualquer ideia de sumir com esse material, bem como as armas", afirmou.
O ex-presidente manifestou interesse em ficar com armas de fogo: "confesso, com dor no coração, que vou entregar as armas. Está no meu nome. Eu pagaria do meu bolso aqui por aquelas duas armas. Mas não vamos criar qualquer problema."
Retorno ao Brasil está "quase certo" para o fim do mês, segundo Bolsonaro. "Está pré-marcado para dia 30 eu pousar em Brasília às 7h. Está pré-marcado, é quase certo, para voltar à atividade normal", falou o ex-presidente.
Apesar disso, é provável que Bolsonaro fique nos EUA até abril e depois vá à Europa em maio, para um encontro da extrema-direita em Lisboa. Um despacho liberou três servidores a viajarem para "prestarem assessoria, segurança e apoio" ao ex-presidente entre 28 de março e 15 de abril.
BOLSONARO ESTÁ NOS EUA DESDE 30 DE DEZEMBRO
O ex-presidente embarcou um dia antes da posse de Lula, e rompeu com uma tradição histórica do presidente passar a faixa para seu sucessor.
GOVERNO BOLSONARO TERIA TENTADO TRAZER JOIAS ILEGALMENTE
A gestão do ex-presidente é acusado de fazer várias tentativas de transporte, mobilizando vários ministérios.
Os itens foram entregues de presente pela Arábia Saudita, sendo avaliadas em R$ 16,5 milhões.
Também há armas com valor estimado de R$ 57 mil, que seriam para Bolsonaro.
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