SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O general Gonçalves Dias, que pediu afastamento do comando do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) após a divulgação de imagens suas no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, recebeu pena de 30 dias de prisão quando era um cadete da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras), em 1975. A acusação era ter "colado" em exames da instituição.

A punição ocorreu no final daquele ano, a poucos dias da cerimônia de formatura da academia, que forma oficiais do Exército.

GDias, como é conhecido, não foi o único considerado culpado pelo delito na época. Receberam a mesma pena outros nove cadetes, e mais três acabaram expulsos por participação no esquema de fraude nos exames.

"O cadete número 871, da 1ª Companhia do Curso de Infantaria, Marco Edson Gonçalves Dias, por ter praticado atos contra a honra e o pundonor [decoro] individual militar, utilizando-se, comprovadamente, de meios ilícitos na realização de uma verificação para julgamento, fica preso por 30 dias", diz resultado da sindicância sobre o caso, com data de 26 de novembro de 1975".

Segundo um colega de G.Dias na Aman, a prisão era uma sanção intermediária, mais branda que a expulsão. Não significava exatamente um encarceramento, mas uma restrição de movimentação dentro da academia. Ele ainda assim formou-se naquele ano.

Procurado pela reportagem, o general Gonçalves Dias não quis se manifestar.


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