BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou a saída de 29 agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), após a crise da divulgação das imagens que resultou na queda do ministro Gonçalves Dias. Foram demitidos 3 dos 4 secretários nacionais da pasta
As exonerações foram informadas na tarde quarta-feira (26) pelo ministro interino do órgão, Ricardo Cappelli.
Também nesta quarta foi publicada no Diário Oficial a exoneração do coronel José Henrique Luz Fontes, que vinha atuando como chefe de gabinete do então secretário-executivo e número 2 do GSI, general Ricardo José Nigri.
O general Nigri também acabou exonerado com o ministro Gonçalves Dias, na esteira da divulgação das imagens do 8 de janeiro. Já o coronel José Henrique Luz Fontes ocupava o cargo desde fevereiro de 2022, ou seja, ainda na gestão Bolsonaro.
Segundo a publicação no Diário Oficial, o coronel deixou o cargo a pedido.
Antes das novas exonerações, o governo Lula afirmava já ter promovido a troca de 35% do efetivo do GSI, órgão que se tornou muito associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos quatro anos. O ministro interino da pasta, Ricardo Cappelli, vinha dizendo nos últimos dias que Lula havia pedido a ele que acelerasse as trocas no ministério.
O mandatário está em viagem à Europa e deve retornar na noite de quarta. Lula e seus auxiliares vão tomar uma decisão sobre o futuro do GSI após o seu retorno, definindo o nome do ministro e as atribuições do órgão, que acabou desidratado, sem a atribuição de realizar a segurança pessoal de Lula, além de perder o comando da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que passou para a Casa Civil.
Na semana passada, a CNN Brasil divulgou imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, que mostra o então ministro Gonçalves Dias nas dependências do prédio histórico e a atuação dos agentes do GSI.
Alguns desses agentes orientam e até oferecem água para os invasores.
A divulgação das imagens levou à queda do ministro Gonçalves Dias, chamado GDias, aliado de longa data de Lula, de quem foi responsável pela sua segurança nos dois primeiros mandatos.
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