BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo federal anunciou nesta quinta-feira (27) a demissão de mais 58 servidores do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). O órgão entrou em crise após a divulgação de imagens do ex-ministro da pasta Gonçalves Dias dentro do Palácio do Planalto no momento em que vândalos destruíam o local, em 8 de janeiro.

Na quarta-feira (26), já tinham sido exonerados outros 29 funcionários, dentre eles 24 oriundos das Forças Armadas.

Deixaram o governo na quarta os secretários de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional, brigadeiro Max Moreira, de Segurança e Coordenação Presidencial, general Marcius Netto, e de Coordenação de Sistemas, contra-almirante, Marcelo Gomes.

Também foram exonerados o diretor do Departamento de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional, coronel Ivan Karpischin, cinco supervisores e outros cinco assistentes.

As demissões ocorrem em meio a uma disputa no governo sobre manter um militar ou colocar um civil à frente do GSI após a saída do general Gonçalves Dias.

Os auxiliares que defendem manter o ministério sob o comando dos militares acreditam ser essa a alternativa que trará menos traumas e ruídos políticos. Já os integrantes do governo que defendem um civil à frente do órgão sustentam uma reestruturação completa do ministério.

Entre os demitidos, estão remanescentes do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Marcius Netto, por exemplo, já ocupava um cargo de diretoria no GSI na gestão anterior. Lula o manteve no cargo e, algumas semanas após os ataques de 8 de janeiro, apenas o remanejou para outro cargo de diretoria.

Ele assumiu a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI no dia 24 de janeiro, deixando o cargo de chefe da Assessoria de Planejamento e Gestão do Departamento-Geral do Pessoal.

Os outros exonerados são da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, além de uma civil.


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