BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O advogado Rodrigo Roca anunciou sua saída da defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em comunicado enviado à imprensa na noite desta quarta-feira (10), Roca disse ter tomado a decisão por razões de foro profissional e impedimentos familiares de sua parte.
Cid foi preso na última quarta-feira (3) por suspeita de ter adulterado os registros de vacinação do ex-presidente e de familiares.
Uma investigação da Polícia Federal identificou tentativas de inserção de dados de vacinação da Covid-19 falsos no sistema do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
Em representação ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a Polícia Federal apontou Mauro Cid como principal articulador do esquema.
De acordo com reportagem publicada na Folha de S.Paulo na última quinta-feira (4), a defesa de Bolsonaro conta com a admissão de culpa de Cid no esquema.
Aliados do ex-mandatário avaliam que ele não terá alternativa a não ser reconhecer ter adulterado certificados de imunização. Ao mesmo tempo, advogados de Bolsonaro buscam desvinculá-lo do episódio.
Roca é conhecido por ser próximo à família de Bolsonaro e já advogou para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso que ficou conhecido como "rachadinhas".
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