SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma reunião entre o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e deputados estaduais da bancada da segurança pública nesta segunda-feira (15), no Palácio dos Bandeirantes, aliviou a tensão criada a partir do envio da proposta de aumento dos policiais à Assembleia Legislativa de São Paulo no começo do mês e encaminhou a aprovação do texto para os próximos dias.
A partir do envio do projeto de lei, os deputados passaram a ser pressionados pelos seus apoiadores policiais devido às diferenças nos aumentos propostos às várias patentes e às polícias civil e militar. Além disso, havia uma previsão de aumento no desconto para os aposentados, posteriormente retirada.
Além das questões do texto, os parlamentares se queixaram de terem sido pegos desprevenidos.
Na reunião desta segunda (15), de acordo com relatos dos presentes, Tarcísio se comprometeu a melhorar a comunicação com os deputados e a contemplar em mudanças futuras as categorias que se consideram prejudicadas pela proposta de reajuste. Ele pediu que o projeto de lei seja aprovado sem emendas dos deputados da base.
A conversa foi considerada positiva pelos deputados, que então decidiram cessar a oposição que vinha sendo feita ao texto.
"O projeto é bom, tentamos alguns ajustes. Infelizmente não é viável no momento, mas temos um governador comprometido e cumpridor de acordo. Sai de lá com a palavra de que em breve teremos mais reajustes para as classes policiais. Esse é apenas o primeiro passo para a valorização da segurança pública", diz o deputado Rafael Saraiva (União Brasil).
Outro participante da reunião, Delegado Olim (PP) diz que, em sua avaliação, Tarcísio deu um puxão de orelha nos parlamentares que não estavam atuando como base do governo.
"Nunca um governador deu tanta atenção para as forças policiais. Eu nunca fui recebido por Geraldo Alckmin, por exemplo. Ele já chegou dando 14% de aumento [para delegados da Polícia Civil]. E, pelo que ele disse, ainda vai melhorar, vai resolver os problemas que ficaram pendentes com reajustes nos próximos anos", afirma.
Se for aprovado na Alesp, o reajuste deve contemplar mais de 150 mil integrantes das forças de segurança paulistas, incluindo profissionais das polícias Civil, Militar, Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, além de aposentados e pensionistas.
Partidos de oposição vão tentar obstruir a votação, mas, devido à superioridade numérica da base, não devem conseguir impedi-la.
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