BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias), empresa pública responsável por fazer seguros para exportações de grande valor agregado, segue com seu presidente e um diretor nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e próxima da paralisia.

A situação preocupa integrantes do governo, receosos de que o quadro possa começar a prejudicar o comércio exterior brasileiro.

O pano de fundo desse atraso na substituição foi uma queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) a respeito de quem teria ascendência sobre as indicações. Fontes do MDIC afirmam que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) abriu mão em favor da pasta chefiada por Fernando Haddad.

A agência tem dois diretores: Fabiano Maia, da Diretoria Administrativa e Financeira, e Octávio Bromatti, da Diretoria de Garantias, que acumula a função com a presidência.

O primeiro está na empresa pública desde setembro de 2022, com salário de R$ 43.844,30; o segundo, desde janeiro de 2020, com remuneração de R$ 46.036,51. O mandato é anual, mas vem sendo sucessivamente renovado.

Segundo apurou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, uma das empresas com maior preocupação com a indefinição é a Embraer, cujas exportações necessitam das garantias da ABGF.

Procurada, a Fazenda não respondeu quando pretende fazer as substituições.


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