SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com perspectiva de uma aprovação sem percalços, o Senado iniciou na manhã desta quarta-feira (21) a sabatina de Cristiano Zanin, 47, primeiro indicado do presidente Lula (PT) para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Em seu discurso inicial aos senadores, antes de se iniciarem a etapa das perguntas, Zanin se defendeu de ser chamado de termos como "advogado pessoal" e "advogado de luxo".
"Sou advogado. Alguns me rotulam como advogado pessoal, porque lutei contra interesses pessoais, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição", afirmou.
"Também me classificam como advogado de luxo, porque defendi, estritamente com base nas leis brasileiras causas empresariais de agentes institucionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. Ainda me chamam de advogado de ofício, como se fosse um demérito."
"Repito sempre que procurei desempenhar minha função lutando com maestria acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do direito: a Justiça", disse o advogado indicado por Lula.
Zanin é amigo pessoal de Lula e advogou para ele em processos da Operação Lava Jato, mas também tem um histórico de atuação como representante jurídico de grandes empresas e de outros políticos.
A proximidade com o presidente levantou críticas à indicação entre opositores e em círculos do mundo jurídico, mas o advogado tem a aprovação de ministros do STF e de grande parcela de políticos.
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