BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao gabinete de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na manhã desta quarta-feira (21). Essa é a segunda vez neste mês que Bolsonaro visita o filho mais velho no Senado.
Nesta quarta, o Senado sabatina Cristiano Zanin, advogado de Lula (PT) e indicado pelo mandatário ao STF (Supremo Tribunal Federal), e debate o novo arcabouço fiscal.
Bolsonaro enfrenta nesta quinta (22) julgamento no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que pode levá-lo inelegibilidade por abuso de poder político nas eleições de 2022.
O conteúdo e as circunstâncias da reunião com embaixadores realizada pelo então presidente no ano passado está no centro da ação eleitoral que começará a ser julgada pela Justiça Eleitoral e que pode torná-lo inelegível por oito anos.
Na ocasião, a menos de três meses do primeiro turno, Bolsonaro fez afirmações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, alegando estar se baseando em dados oficiais, além de buscar desacreditar ministros do TSE.
A avaliação de ministros e advogados nos bastidores é que as duas últimas trocas no tribunal, que contaram com influência do ministro Alexandre de Moraes, tornaram o cenário ainda mais desfavorável a Bolsonaro.
A corte tem sete ministros. O presidente é Moraes, que conduz os inquéritos contra Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) e se tornou o principal algoz do bolsonarismo no Judiciário.
A vice-presidente do tribunal eleitoral, Cármen Lúcia, também já deu demonstrações públicas de contrariedade às ideias defendidas pelo ex-chefe do Executivo. Na eleição do ano passado, Bolsonaro chegou a acusá-la de trabalhar para derrotá-lo nas eleições e eleger o presidente Lula (PT).
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