SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A maior parte (65%) dos procuradores e promotores do Ministério Público brasileiro tem a escolaridade mínima exigida para ingressar no cargo: nível superior. Outros 22% dos profissionais que atuam nestas funções possuem também especialização, e 11,8% concluíram mestrado ou doutorado.

Os dados são de uma pesquisa étnico-racial realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público em parceria com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e com a Universidade de Lisboa.

O levantamento também identificou que os promotores e procuradores são mais velhos: 48% têm mais de 50 anos, e 16,2% estão acima dos 60 anos. Além disso, os cargos, que são os mais altos do Ministério Público, são ocupados em sua maioria por homens (61%) e pessoas brancas (82%).

No caso dos servidores, o estudo aponta que apenas 24% têm mais de 50 anos, e 5% mais de 60 anos. As mulheres são maioria (53%) entre os funcionários neste grupo de profissionais.

Em relação à escolaridade, a maioria tem ensino superior (51,7%), outros 31,2% possuem especialização, 12,5% ensino médio, 2,7% doutorado ou mestrado ?0,9% possuem nível fundamental.

Já o perfil de estagiários é predominantemente jovem, com idade até 30 anos. A maior parte deste grupo tem nível médio de escolaridade.

Chama a atenção que o percentual de negros com nível fundamental que são estagiários na instituição é mais que o dobro de brancos: 9% contra 4%, respectivamente.

Uma das conclusões dos pesquisadores é de que o estágio pode ser uma oportunidade de promover igualdade racial para os profissionais que estão entrando mais cedo no mercado de trabalho.


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