CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Aliados do ex-procurador do Paraná Deltan Dallagnol (Podemos) ainda apostam na candidatura do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no MPF (Ministério Público Federal) nas eleições de 2024, mesmo após decisão de maio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que apontou que ele estava inelegível quando se candidatou a deputado federal no ano passado, com base na Lei da Ficha Limpa.

Na visão de pessoas ligadas a Deltan, um novo registro de candidatura, eventualmente à prefeitura de Curitiba, em 2024, obrigaria a Justiça Eleitoral a rever o caso. Antes de perder o mandato após decisão unânime do TSE, a corte eleitoral regional, do Paraná, havia aprovado o registro de candidatura dele.

Aliados do ex-procurador também entendem que o acórdão do TSE não aponta expressamente a inelegibilidade por 8 anos, ao contrário do que costuma ocorrer em casos do tipo. Segundo as mesmas fontes, isso dá brecha a interpretações, como uma versão de que a inelegibilidade só valeria para a eleição de deputado federal passada.

O plano B dos aliados de Deltan é lançar o nome da esposa do ex-procurador nas próximas eleições. Formada em Direito, Fernanda Dallagnol estaria disposta a ser uma alternativa do grupo político para o pleito de 2024, se Deltan for novamente barrado na disputa.

A defesa de Deltan já apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal), na tentativa de suspender de forma liminar os efeitos da decisão do TSE, mas a petição foi negada pelo ministro Dias Toffoli, em decisão publicada em 29 de junho.


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