BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A advogada Edilene Lobo foi empossada nesta terça-feira (8) no cargo de ministra substituta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tornando-se a primeira mulher negra a integrar a corte.

Ela assumiu a vaga aberta pelo ministro André Ramos Tavares, que passou para uma vaga titular no tribunal.

Edilene é doutora em Direito Processual pela PUC Minas e mestre em Direito pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ela já advogou para o PT.

A cerimônia de posse ocorreu no gabinete do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

"Nós todos conhecemos e sabemos da competência, da inteligência, do trabalho realizado pela ministra Edilene Lobo, mas, além disso, hoje ela se torna um símbolo de respeito à diversidade, à mulher, à mulher negra. Seja muito bem-vinda ao Tribunal Superior Eleitoral. Tenho certeza de que quem ganhou muito foi esta corte da democracia", disse Moraes. O ato foi reservado a convidados, e a declaração de Moraes foi divulgada pela assessoria do TSE.

Participaram da posse o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, e os ministros Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, entre outras autoridades.

Ainda segundo o TSE, Edilene defendeu a ocupação de espaços de poder pelas mulheres.

"É um trabalho duplo: contribuir com a função jurisdicional, mas inspirar meninas e mulheres que, como eu, possam ocupar esses espaços públicos", afirmou.

A nova magistrada compôs lista tríplice para o cargo e foi nomeada por Lula em junho.

Nas escolhas de duas vagas de ministros titulares para o TSE, Lula nomeou dois homens e deixou de fora as duas mulheres que estavam na lista de quatro nomes elaborada pelo STF --entre elas a própria Edilene.

Lula escolheu Tavares e o advogado Floriano de Azevedo Marques.

Eles passaram a ocupar as vagas dos ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach no tribunal.


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