SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - José Gregori, ministro da Justiça e secretário nacional de Direitos Humanos no governo FHC e uma referência na defesa da democracia, morreu neste domingo (3), aos 92 anos, em São Paulo. Ele teve complicações por causa de uma pneumonia e estava internado havia mais de dois meses.
Gregori foi secretário nacional de Direitos Humanos (1997-2000) e ex-ministro da Justiça (2000-2001) na gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O advogado também foi membro fundador da Comissão Arns, grupo criado para monitorar violações de direitos humanos.
O velório ocorrerá nesta segunda-feira (4), das 8h às 14h, na Funeral Home, no bairro da Bela Vista (região central). Segundo a família, Gregori estava consciente até poucas horas antes da morte.
Gregori estava na Faculdade de Direito da USP em 1977 e fez o discurso que precedeu o de Goffredo da Silva Telles Jr. na famosa "Carta aos Brasileiros".
No ano passado, em meio às ameaças golpistas de Jair Bolsonaro (PL), assinou a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito" e, em entrevista à Folha, afirmou: "Para as novas gerações eu digo: o Estado democrático de Direito é como se fosse o 5G".
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