SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Exército informou neste domingo (10) que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ficará sem ocupar cargo e exercer função. Cid saiu da prisão neste sábado (9), após o STF homologar acordo de delação premiada dele com a Polícia Federal.

A medida do Exército ocorre após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. Ao conceder liberdade provisória a Cid neste sábado, Moraes determinou que o comandante da Força, general Tomás Paiva, afastasse o militar das suas funções. Ele também terá que cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira e proibição de contato com investigados, exceto a esposa, o pai e a filha.

Fontes militares negaram qualquer consulta à AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a determinação do ministro. O comandante do Exército estuda agora se haverá alguma modificação na remuneração do tenente-coronel.

O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Exército Brasileiro cumprirá a decisão judicial expedida pelo Ministro Alexandre de Moraes e o Tenente-Coronel Mauro César Barbosa Cid ficará agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP) sem ocupar cargo e exercer função Nota divulgada pelo Exército Brasileiro

Cid deixou o Batalhão da Polícia do Exército com o advogado ontem à tarde. Ele colocou tornozeleira eletrônica e, por volta das 15h30, passou por exame de corpo de delito no IML, na sede da Polícia Civil do DF, no Setor Sudoeste de Brasília.

O militar estava preso desde maio por suspeita de falsificar cartões de vacina contra a Covid-19. Além disso, Cid também é investigado por vender irregularmente presentes recebidos por Bolsonaro de outros chefes de Estado e por ter atuado na organização de um golpe de Estado.


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