BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O general Augusto Heleno, um dos ministros mais próximos de Jair Bolsonaro (PL), rebateu o ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Lula (PT) Gonçalves Dias e afirmou à CPI do 8 de janeiro que houve transição entre os dois governos e "nada ficou sob o tapete".
Em mais de uma ocasião, GDias afirmou que não houve transição entre as duas pastas e que confiou no ex-número dois de Heleno, general Penteado. Nesta terça-feira (26), o ex-ministro de Bolsonaro disse que GDias teve "liberdade para conversar com quem quisesse" e fazer as trocas necessárias.
"[GDias] teve a liberdade de conversar com quem quisesse, de estabelecer quem ele queria manter no GSI. Teve absoluta liberdade de fazer as trocas que julgasse necessárias", disse Heleno, ressaltando que deixou claro ao sucessor os 80 cargos de confiança que teria à disposição.
"Tenho plena consciência de que ele recebeu todos os dados para começar seu trabalho nas melhores condições possíveis", completou, destacando que GDias participou de três palestras sobre a pasta, uma delas ao lado de Aloizio Mercadante.
O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que o general deveria comparecer à CPI do 8 de janeiro, mas poderia ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmo. Heleno sinalizou que, mesmo assim, vai responder as perguntas.
Em junho, em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Heleno afirmou que os ataques às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro não foram uma tentativa de golpe contra a democracia. Em um esforço para blindar Bolsonaro, o general disse que não havia planejamento nem líder.
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