BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O anúncio do placar com a aprovação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal ocorreu às 21h22 desta quarta-feira (13).
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União-PR) estavam sentados na mesma fileira do plenário, a uma cadeira de distância.
O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou praticamente impassível, olhando para um dos painéis do plenário. Já Moro cochichou brevemente com o colega ao lado e riu discretamente.
Dino recebeu 47 votos a favor e 31 contra -com duas abstenções. Ele precisava de ao menos 41 votos.
Desde a redemocratização, apenas André Mendonça, indicado por Bolsonaro, havia recebido mais votos contrários (32) do que Dino (31). Mais cedo, na sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) Dino recebeu 17 votos favoráveis e 10 contrários à sua nomeação.
Um dos momentos inusitados da sabatina foi protagonizado por Moro. Ao entrar na CCJ, Moro cumprimentou Dino e acabou sorrindo com uma brincadeira feita pelo ministro.
Posteriormente, ao discursar durante a sabatina, Moro reclamou de críticas que recebeu em redes sociais por ter sido fotografado em meio a risadas com o indicado pelo presidente Lula ao STF.
"Vossa excelência perguntou algo e eu achei graça e dei uma risada. Tiraram várias fotos e já viralizaram, como se isso representasse minha posição", disse Moro, acrescentando que ambos já foram juízes federais.
"Já deixei muito claro que tenho profundas diferenças com o atual governo, e vossa excelência faz parte do atual governo, mas não perderei a civilidade e acho que esse país precisa disso para diminuir a polarização."
Em outro momento, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o seu pai, o ex-presidente Bolsonaro, cogitou indicar ele, Flávio, à vaga do STF que acabou com o ministro André Mendonça, em 2021. Na versão de Flávio, ele demoveu o pai da ideia ao dizer que era um político, não um técnico.
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