SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), disse que a PM voltará a fazer a contagem de público de grandes manifestações, diferentemente do que vinha ocorrendo no estado nos últimos anos.
No domingo (25), a pasta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a Polícia Militar, subordinada à secretaria, bateram cabeça sobre a estimativa de comparecimento ao ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista.
Derrite havia dito no fim da tarde nas redes sociais que 750 mil pessoas haviam ido ao evento. Na noite de domingo, a reportagem da Folha procurou a sala de imprensa da corporação, que informou então que a PM não faz estimativas desse tipo.
Na noite desta segunda-feira (26), em entrevista à rede Jovem Pan, Derrite disse que a PM tem um software de inteligência "que calcula o espaço ocupado e os metros quadrados por conta daquele espaço".
"Nesse cômputo na avenida Paulista, no ápice da manifestação de contingente, chegou-se ao cálculo de 600 mil manifestantes e com as ruas e adjacências, idas e vindas, 750 mil."
Ele acrescentou: "Esse número foi divulgado oficialmente em nota, eu publiquei depois que me apontaram o número, que o cálculo foi feito pela Polícia Militar. E a partir daqui, deixei determinado que todas as grandes manifestações, independente do grupo político que esteja fazendo, ou a finalidade do ato, que a Polícia Militar faça o cálculo. Por vez não vai ser feito, se for menor número não é feito".
O secretário de Tarcísio disse que é "o mesmo cálculo que é feito no Carnaval de rua de São Paulo".
"Para quem é contrário ao movimento, eles acham que foi um exagero. E para quem é 100% a favor, falaram que a conta está errada. A conta certa foi feita, com critério e chegou-se a esse número de 750 mil."
Já o grupo da USP Monitor do Debate Político no Meio Digital estimou em 185 mil pessoas o público presente no pico da manifestação, às 15h. Para o cálculo, foi utilizada metodologia que conta o número de cabeças em imagens ao longo de toda a avenida, sem sobreposição.
O secretário afirmou que a Polícia Militar foi muito demandada sobre estimativas de quantidade de manifestantes, como sempre acontece, e que a postura atual "é de transparência".
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