SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem sua gestão aprovada por 33% dos eleitores da capital do estado. Para outros 37% dos paulistanos, seu governo é regular, e 26% o consideram ruim ou péssimo. Dizem não saber avaliar 3% dos entrevistados.

Os números são da mais recente pesquisa Datafolha, realizada na cidade de São Paulo entre quinta (7) e sexta-feira (8).

Em relação ao levantamento anterior, de agosto de 2023, Tarcísio teve oscilação positiva na aprovação, dentro da margem de erro. Na ocasião, sua gestão era aprovada por 30% dos eleitores da capital paulista. Outros 38% a consideravam regular, enquanto para 27% era ruim ou péssima.

O levantamento mais recente contou com 1.090 entrevistas com pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa também revelou a intenção de voto na corrida municipal de 2024.

Na cidade, o governador encontra mais resistência entre aqueles com nível superior, entre os quais a reprovação à sua gestão vai a 37%. Também tende a piorar no segmento com renda de 5 a 10 salários mínimos e mais de 10 salários, com 41% e 38% de reprovação, respectivamente.

Já a aprovação do governo registra índices melhores entre os homens --37% de ótimo/bom, ante 30% entre as mulheres-- e entre evangélicos, base do bolsonarismo, em que alcança 43%.

Tarcísio foi eleito em 2022 com 55% dos votos válidos, apadrinhado por Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro da Infraestrutura. À época, o governador foi alertado pela equipe de campanha de que não se elegeria sem o apoio do ex-presidente, mas que não bastaria o apoio dele. Ou seja, ele precisava buscar o voto da centro-direita moderada.

Desde então, Tarcísio tem andado em uma linha tênue, equilibrando suas manifestações para não perder o eleitor de Bolsonaro, tampouco o eleitor de centro.

Quando estabelece relações amistosas com o presidente Lula (PT), por exemplo, o governador é acusado por bolsonaristas de ser moderado demais e estar confraternizando com o adversário. Quando se alinha enfaticamente a Bolsonaro, como quando participou do ato na avenida Paulista ao seu lado em fevereiro, o entorno de Tarcísio precisa calcular os riscos políticos da exposição.

Segundo o Datafolha, a gestão do governador é avaliada como ótima ou boa por 21% dos que têm o PT como partido de preferência e por 87% dos que optam pelo PL.

Aliados dizem que o governador é muito leal e tem gratidão ao padrinho político, e que não largaria sua mão em uma situação difícil.

Na última manifestação convocada por Bolsonaro, no dia 25 de fevereiro, seu entorno considera que a exposição não foi negativa porque o ato mostrou que o bolsonarismo ainda tem muita força, e que o governador fez uma fala moderada, condizente com seu estilo.

Em 2026, Tarcísio pode tentar a reeleição ou se lançar para a Presidência, hipótese negada pelo governador e por interlocutores.

Eles dizem que o projeto que ele está desenvolvendo em São Paulo é de longo prazo, e o mais interessante estrategicamente seria completar o ciclo no estado e colher os resultados. A ala do secretário Gilberto Kassab (PSD), que se movimenta para ser vice de Tarcísio na corrida pela reeleição, é a maior defensora desse plano. Mas o governador, ainda assim, é considerado por muitos o nome que tem mais força entre os aliados do ex-presidente, que está inelegível, para uma potencial corrida presidencial contra Lula.


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