Jussara Hadadd Jussara Hadadd 16/8/2011

Ele tem que ter pegada

Foto de pessoas beijandoTudo é muito relativo, a gente sabe disso. Enquanto para algumas mulheres os homens têm que pegar, matar e comer logo, para outras, sensualidade exagerada, pressa para chegar ao "tudão" e toques com a força que ultrapassem o peso de uma pluma de pavão, podem significar o fim da relação. Sendo assim, como classificar o que seja uma boa "pegada"?

Como hoje em dia algumas mulheres já estão fazendo sexo de uma forma mais descomplicada, sem misturar amor, compromisso ou culpas, ficou bem difícil para os homens entenderem ou mesmo adivinharem como começar, como pegar e como transar com uma mulher. Ela quer? Quer logo? Quer carícias preliminares? Quer estabelecer critérios? Quer ficar só essa vez? Quer clima de romance?

Diante de tanta liberdade, o que antes tinha que ser trabalhado, hoje deve ser resolvido e bem rápido, por favor. Mas também não é bem assim. Não é assim para todo o mundo. As meninas estão resolvidas, mas cada um é de um jeito.

Existem homens que também têm dificuldade em partir para o vamos ver, sem nenhuma preparação. Muitos precisam de um grau de envolvimento, outros de muito carinho, outros de fetiches ou estímulos visuais mais audaciosos.

Fica valendo aqui a regrinha básica do: vamos nos conhecer um pouquinho antes? Cada um tem o seu tempo, a sua sensibilidade, o que aceita ou não.

Mas para as moças de hoje em dia, aquelas mais "levinhas", mais bem resolvidas, que querem só sexo e nada mais, para estas, o homem tem que ter pegada. E isto, talvez, signifique dizer que sai ganhando o homem seguro de si, que se cuida, que se ama, que se conhece bem, que está com tudo em cima. Pois o que é o contrário, pode se inibir ou se sentir rejeitado diante da liberação da mulher que expressa sua vontade em fazer sexo e como deseja fazer, ficando sem ação e frustrando a expectativa de algo mais.

Meninos pouco orientados quanto à sua sexualidade ou desatentos às questões mais fundamentadas do prazer sexual, também erram na qualidade da tal pegada quando levam a transa somente para os órgãos genitais, desprezando todo o caminho que o prazer pode transcorrer. Beijos, carícias manuais, sexo oral bem feito e sem pressa e tentativas de, a cada encontro, descobrir novos prazeres, mantendo a relação sempre quente e estimulada pelas novidades.

Tudo tem uma medida certa e a liberdade de expressão pode facilitar bastante o bom resultado do sexo de um casal. Comunicar o que deseja, sem medo de ser mal interpretado, pode garantir um entendimento ímpar sobre os lençóis. Não é pra qualquer um, infelizmente. Mas não há quem saiba tudo e também não há quem não precise aprender um pouquinho mais.

Sendo assim, uma boa pegada, consiste em atender às expectativas do outro, sendo atento e dedicado e, mais, disposto a trocar formas de prazer, sem pressa e sem egoísmo.

Uma dica interessante para quem não quer se envolver, para quem gosta de trabalhar com sexo no atacado, é saber do comportamento feminino através da leitura de revistas femininas, conversando com mulheres com as quais não tem intenção de transar e assim, descobrir o que as senhoritas que também só querem colecionar "ficadas" gostam de um modo geral. Tudo vale.

Boa sorte! Pegue o que é seu.

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Jussara Hadadd é filósofa e terapeuta sexual feminina
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