Terça-feira, 21 de fevereiro de 2017, atualizada às 15h50

Câmara cria programa para tornar legislativo 100% digital

Lucas Soares
Repórter

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira, 21 de fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, vereador Rodrigo Mattos (PSDB), anunciou a criação do programa E-Câmara, que visa digitalizar todo o funcionamento da Casa Legislativa.

A medida, segundo Mattos, vem para economizar papéis e facilitar o trabalho dos demais vereadores. Somente na legislatura 2013-2016 foram gastos cera de 874 mil folhas de papel com requerimentos, moções, projetos de lei, representações e pedidos de informação. "Temos dois objetivos principais, que é dinamizar e modernizar os processos legislativos, trazendo a Câmara para o nosso século. Além disso, esse benefício ambiental, economizando quase um milhão de folhas durante quatro anos", explica.

Para que o E-Câmara entre em funcionamento, a presidência da Casa trabalha com dois prazos. O primeiro é em agosto de 2017, em que memorandos, circulares, pauta da ordem do dia, requerimentos, moções, pedidos de informação e convites deverão ser feitos de forma totalmente digital. A partir de 2018, a digitalização vai abranger projetos de lei, representações e procedimentos administrativos. "Nossa ideia, para os próximos três anos, é transformar todos os processos, sendo a primeira do estado a ser 100% digital. Isso será uma política da Câmara, será incluída no Plano Plurianual (PPA) por quatro anos, então a próxima Mesa Diretora deverá seguir. É um caminho sem volta que estamos tomando", garante.

Por fim, o vereador ressalta que a proposta visa dar mais transparência ao processo legislativo. "Isso é um ganho grande para o projeto. O cidadão vai acompanhar diariamente o que o vereador apresentou no dia, de requerimentos a projetos de lei, em tempo real", afirma.

Para entrar em funcionamento, a Câmara vai investir na compra de equipamentos fixos, que serão montados dentro do plenário, no local em que cada vereador senta. Os documentos vão ser armazenados em nuvem e no Datacenter presente no Palácio Barbosa Lima. A estimativa é de economia de cerca de R$ 150 mil por ano, incluindo impressoras, manutenção de equipamentos, cartuchos de tinta, energia elétrica e cópias extras de papeis.

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