Plano de Neg?cios - Incidentes, como ter um produto encalhado, podem ser evitados com um planejamento antes da implanta??o da empresa. "O primeiro passo deve ser montar um plano de neg?cio, que ? um documento que vai formalizar toda a id?ia desde a estrat?gia e o processo de produ??o at? a quest?o finaceira", aconselha Ricardo Thielmann (foto ao lado), gerente do N?cleo de Gest?o do Centro Regional de Inova??o e Transfer?ncia de Tecnologia da UFJF (CRITT).
Ele lembra que em pedidos de finaciamento acima dos R$ 50, o plano de neg?cio ? exigido pelas institui?es finaceiras. E, composto por diversos itens dentro de quatro ?reas principais:
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"O plano de neg?cio pode evitar a fal?ncia prematura da empresa", constata Marcos Jos? Marques (foto abaixo), assessor do Secret?rio de Desenvolvimento Tecnol?gico da UFJF.
Enfrentando o mercado
A cozinha da f?brica de Rubens Kayamb? (como vimos no ?n?cio do texto)
fica ? mostra. Uma id?ia que o
artista tirou de restaurantes de S?o Paulo.
Segundo ele, vendo como se faz
o chocolate a pessoa pode conferir a higiene do local e dos funcion?rios,
al?m de visualizar o chocolate em transforma??o. A vis?o tamb?m ativa o
paladar, deixando o cliente com ?gua na boca. ? nessa hora que Kayamb?
d? o xeque-mate e oferece uma prova do doce. Da pr?tica, ele tirou o
slogan: "O ?nico que voc? prova antes de comprar".
Este tipo de estrat?gia vai ao encontro da necessidade de um diferencial, apontada tanto pelo consultor do Sebrae, Paulo Ver?ssimo, quanto pela equipe do CRITT. "A pessoa pode se profissionalizar, sem perder o car?ter artesanal do produto, que ? um diferencial", diz Thielmann. A caracter?stica da fabrica??o artesanal est? tanto na escala de produ??o, quanto na apresenta??o do produto. "Uma boa alternativa ? usar embalagens tamb?m artesanais", sugere Patr?cia Rezende, consultora do N?cleo Agroalimentar do CRITT.
Fornecedores
Na hora de escolher os fornecedores ? bom levar em considera??o a
credibilidade do fabricante junto ao mercado, conhecer o processo de
produ??o e verificar se o produto est? registrado na ANVISA (Ag?ncia
Nacional de Vigil?ncia Sanit?ria), explica Daniela Xavier (foto ao
lado), do N?cleo de Atendimento Tecnol?gico do CRITT.
O consultor Sebrae, Paulo Ver?ssimo, lembra que ? muito importante o empreendedor conhecer o produto para reconhecer poss?veis altera?es nos ingredientes. "Ele tem que observar os sinais do mercado. Se o cliente n?o quer mais comprar pode ter algum problema", completa. Paulo conta que, nem sempre a opini?o de um cliente deve gerar um transforma??o, mas pode sugerir varia?es dos produtos existentes que atendam ?s novas necessidades.
As empresas que fornecem o material para Rubens Kayamb?, por exemplo, j? trabalham com ele h? muito tempo. "Uma parceria que me permite dar prazo para os clientes de at? um m?s", comemora. A escolha dos fornecedores foi feita atrav?s de pesquisa. Durante o primeiro ano, ele fez experi?ncias com v?rias marcas, at? porque nem sempre conseguia achar a mesma para vender em Juiz de Fora e observou a aceita??o do p?blico. Escolhida a marca, o empres?rio come?ou a comprar direto do fabricante.
Sazonalidade
O chocolate tem uma receptividade na P?scoa bastante superior do que nos outros
meses. E isso deve ser levado em considera??o na hora de planejar o neg?cio.
Denise Firmo (foto ao lado), assessora de comunica??o do CRITT, lembra que a alta de vendas durante a P?scoa tem que ser suficiente para compensar a ?poca de menor venda, conseguindo um equil?brio na curva de rendimento. Outra op??o ? criar outras formas de vender o chocolate, podendo, inclusive associar o doce a flores, bichos de pel?cia, bombonieres, por exemplo.
Marco Jos? Marques sugere ao empreendedor aproveitar a sazonalidade do neg?cio para estocar materiais n?o-perec?veis, como a embalagem, e fazer campanhas promocionais para esquentar as vendas.
Durante o restante do ano, a empresa de Rubens Kayamb? trabalha mais com anivers?rios, pirulitos coloridos e cen?rios com temas infantis para festas.
Formaliza??o
Para formalizar a nova empresa, deve ser feito um contrato social,
registrado na JUCEMG (Junta Comercial do Estado de Minas Gerais). Ap?s o registro, o documento deve ser enviado para a
Receita Federal com o objetivo de se obter o cadastro de empresa como pessoa
jur?dica, o CNPJ. Com o registro, o empreendedor poder? requerer o alvar?
de funcionamento junto ? prefeitura.
Depois, ele deve apresentar toda a documenta??o, junto com um projeto t?cnico e um manual de boas pr?ticas de fabrica??o ? ANVISA para conseguir o alvar? sanit?rio.
A consultora, Patr?cia Rezende, (foto ao lado) diz que a legaliza??o ajuda a aumentar o mercado da empresa, pois traz credibilidade e evita problemas com a fiscaliza??o.
O consultor Sebrae Paulo Ver?ssimo lembra que com o registro tamb?m ? mais f?cil enfrentar problemas judiciais. Se a empresa for acusada de intoxica??o, por exemplo, como ter? a licen?a da Vigil?ncia Sanit?ria ser? mais f?cil apurar a veracidade da acusa??o.
Pre?o
Na hora de colocar o pre?o, Rubens Kayamb? lembra que ? preciso
levar em considera??o o
investimento que fez para chegar ?quele produto, tanto financeiro como
pessoal. "N?o d? para voc? cobrar o mesmo pre?o de um pirulito simples para
um pintado a m?o", exemplifica.
J? Thielmann afirma que o mercado ? que define o pre?o. "O empreendedor tem que trabalhar o custo para entrar no mercado", ressalta.
Parcerias com outros produtores de chocolate, na hora de comprar a mat?ria-prima resultam em economia, tornado o produto vais rent?vel.
Da mesma forma, pesquisar o produto antes, diminui gastos. "Ao chegar ao ponto de "fio" para bombons e o ponto "pastoso" par os ovos, eu evitei ter que abrir e fechar o freezer v?rias vezes", conta Kayamb?.
- Associa??o Brasileira da Ind?stria de Chocolates, Cacau, Balas e Derivados -
www.abicab.org.br
- Sebrae - www.sebrae.com.br
- CRITT - www.critt.ufjf.br
- ANVISA - www.anvisa.gov.br
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