Um homem, sem idade revelada, foi preso em Belo Horizonte, nessa quinta-feira (29) durante as investigações sobre produção, aquisição e venda de material de exploração sexual infantojuvenil (“pornografia infantil”) em grupos de WhatsApp.

A Operação “Aquiles” cumpriu ordens judiciais de busca e apreensão e de quebra de sigilo de dados na capital mineira. A operação recebeu este nome por causa da fixação do investigado em fetiches por pés.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a mãe de um adolescente levou ao conhecimento do órgão que alguém assediava alunos de colégios particulares de BH para que lhe enviassem fotos e vídeos de nudez e atos libidinosos.

Essa pessoa fazia o pagamento de pequenos valores via pix para os adolescentes em troca desses conteúdos. As fotos e vídeos eram voltados, principalmente, a fetiches de podolatria e sadomasoquismo.

As investigações apontaram que o homem preso, além de fazer o uso das imagens, também vendia o material para terceiros. O MPMG afirma que há também indícios de que ele atraía jovens para encontros presenciais com o fim de praticar atos libidinosos.

Identificação

O homem preso na operação foi identificado após coletas de provas digitais e análises de dados. Durante a Operação “Aquiles”, um celular, computadores, HDs e pen-drives foram apreendidos. Nos terminais do investigado foram encontradas fotografias e vídeos contendo cenas de sadomasoquismo e pornografia envolvendo adolescentes.

De acordo com o MPMG, o investigado foi preso em flagrante pela prática do crime do art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que prevê punção a quem “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”. A pena pode ser reclusão de 1 a 4 anos, além de multa.

Após a prisão, o homem foi encaminhado para a Delegacia. O processo se encontra sob sigilo judicial e terá continuidade com a análise dos dados obtidos para identificação de vítimas e dos demais envolvidos nos crimes.

Os pais de alunos que suspeitarem que seus filhos tenham sido vítimas de crimes relacionados a este caso podem procurar o MPMG.

Os telefones da Ouvidoria do Ministério Público de Minas Gerais são 127 e 3330-9504. A manifestação pode ser feita também pela internet, no portal do MPMG – www.mpmg.mp.br – na seção Atendimento ao Cidadão.

MPMG - Material apreendido durante a Operação "Aquiles" em BH

Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!

COMENTÁRIOS: