A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro encerrou hoje (27) as atividades de internação do Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, com a desativação do último núcleo do complexo psiquiátrico, o Franco da Rocha. Com isso, segundo a pasta, o município do Rio de Janeiro conclui o processo de desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos, um marco da luta antimanicomial.
Conhecida pelo antigo nome de Colônia Juliano Moreira, a unidade, localizada na região de Jacarepaguá, na zona oeste, chegou a abrigar, em seu auge, 5,3 mil internos em seus 79 hospitais e pavilhões, desativados gradativamente ao longo dos anos.
De acordo com a secretaria, para viabilizar o fim das internações, foram criadas condições para que os pacientes pudessem retornar ao convívio familiar, morar sozinhos ou ter alta para serviço residencial terapêutico.
Segundo o superintendente de Saúde Mental da Secretaria, Hugo Fagundes, a rede municipal dá um passo importante com o fechamento do manicômio federal que foi municipalizado no final dos anos 1990. O médico psiquiatra disse que, atualmente, as 567 pessoas atendidas vivem em 97 residências terapêuticas pela cidade do Rio.
“São pessoas que viveram 40, 50 anos internadas. A gente, de fato, consegue virar essa página e construir no século 21 um Rio sem manicômios”, disse o superintendente. “Hoje estamos completando um ciclo importante na história da reforma psiquiátrica do Rio. A ideia é ter um Sistema Único de Saúde forte capaz de oferecer para as pessoas a melhor qualidade de vida e a integração na vida social da cidade”.
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Manicômio | reforma psiquiátrica | Saúde | saúde mental
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