Programa expresso é a grande novidade para se exercitar
Circuito que une trabalho aeróbico e fortalecimento muscular foge
do esquema tradicional
de malhação
*Colaboração
17/12/2008
Pressa é a tônica dos anos 2000. Falta tempo para cumprir todos os compromissos, para descansar, para comer direito, par malhar... certo? Nem tanto. Se falta de tempo era a sua desculpa para fugir da academia e não se exercitar, pode ir criando uma outra maneira de se livrar dessa responsabilidade.
Juiz de Fora já entrou na tendência dos grandes centros e oferece o programa expresso. São 30 minutos de malhação que equivalem a uma hora do programa convencional. A professora de educação física e gerente de uma academia da cidade, Ìsis Zansavio (foto abaixo), explica que o programa alia o trabalho aeróbico ao fortalecimento muscular.
"É um circuito como o que já existe nas academias. A pessoa não
pára de se movimentar, o fato de ter os aparelhos faz com que os músculos sejam
fortalecidos"
, diz.
O que torna o circuito rápido é que, além de evitar a manipulação de pesos e anilhas,
os aparelhos de resistência hidráulica trabalham duas regiões ao mesmo tempo. "Esses
aparelhos se adaptam à velocidade do movimento de execução da pessoa. Quanto mais
rápido a pessoa fizer o exercício, mais pesado ele vai ficar. Como não tem peso,
o aluno tem que fazer força para começar e terminar o movimento"
, explica.
Segundo Ísis, isso reduz o risco de lesões nas articulações. A professora explica que a resistência hidráulica elimina a fase excêntrica do movimento, ou seja, aquele momento em que a pessoa tem que frear o movimento para terminar o exercício, aumentando o perigo de lesões. O fato de a pessoa ter que fazer força nos dois sentidos, reduz o impacto nas articulações.
Como funciona
Essas aulas não têm horário fixo, a pessoa chega a hora que quer e começa a fazer o seu circuito no seu ritmo. Os aparelhos são colocados em círculo, intercalados por plataformas de recuperação, que são uns quadrados onde a pessoa fica se movimentando por alguns segundos entre um exercício e outro.
Quando a pessoa chega à academia, escolhe uma dessas plataformas para começar o
seu circuito. Dá três voltas nos aparelhos e tem que terminar na mesma plataforma
em que começou, totalizando os 30 minutos. Todo o circuito é acompanhado de perto
por uma professora, que oferece atendimento quase exclusivo a cada aluna, considerando
que são poucos os aparelhos, logo, poucas pessoas dentro da sala.
Os exercícios são feitos ao som de músicas agitadas e do incentivo da professora.
Ela controla o tempo de cada execução, que não deve ultrapassar 30 segundos e orienta
a melhor maneira de fazer o exercício. Ísis comenta que o circuito é o mesmo para
todas as pessoas, o que varia é a freqüência cardíaca de cada uma. "Depende dos
objetivos da pessoa e da sua resistência física."
Resultados
A artista plástica, Zilda Rodrigues (foto ao lado) faz o programa expresso há
dois meses e está feliz com os resultados. "Está todo mundo dizendo que eu emagreci,
mas eu não emagreci, continuo com o mesmo peso. Só que a aparência está melhor"
,
comemora.
Ísis explica que o que acontece com Zilda é que ela perdeu medidas, mas manteve
o peso.
"Isso é normal nos primeiros meses quando a pessoa não associa os exercícios
com uma dieta saudável, uma alimentação regular."
No entanto, quando a pessoa
faz uma reeducação alimentar e segue o programa de forma efetiva, pelo menos
três vezes por semana, é possível eliminar, em média, quatro quilos por mês.
Mas Ísis alerta que esse número é uma média, baseada em pesquisas norte-americanas, e que tudo depende do ritmo que a pessoa imprime aos exercícios e do metabolismo de cada um. Ainda segundo essas pesquisas, cada meia hora de circuito elimina mais ou menos 500 calorias.
Zilda, que detesta ginástica, aposta na dinâmica das aulas para garantir a sua
freqüência. "Eu nunca gostei de ginástica, fazia pilates, mas prefiro o circuito.
Você não vê o tempo passar e sente logo os resultados. E o melhor, não precisa gastar
muito tempo para isso e hoje a nossa vida está muito corrida"
, alega.
*Marinella Souza é estudante de Comunicação Social na UFJF