
O trabalho fonoaudiológico nas escolas
Não é de hoje, as dificuldades escolares têm sido preocupação de todos os segmentos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem das crianças. Família, professores, diretores de escolas, dirigentes governamentais, enfim, profissionais de sobra para tentar resolver esses problemas.
Hoje em dia, é muito importante as escolas adquirirem um(a) fonoaudiólogo(a) consultor para auxiliá-la na otimização do ensino e aprendizagem.
Como podemos auxiliar na otimização do ensino e aprendizagem dos alunos?
Que orientações os professores podem receber para não desgastarem a voz? Sabe-
se que alterações vocais em professores são em número significativo de dispensa
médica.
Uma das saídas, a que me cabe desenvolver aqui para a promoção da saúde da comunicação, com orientação das dificuldades articulatórias, de fluência, de audição, de voz e de leitura e escrita, é esclarecer como realizar tal trabalho na parceria entre fonoaudiologia e dirigentes de escolas.
Com o objetivo de suscitar a conscientização e a valorização do trabalho fonoaudiológico na dinâmica escolar, o fonoaudiólogo pode assessorá-los nos vários setores que englobam assuntos relacionados à comunicação.
A saúde da comunicação deve fazer parte do planejamento da escola para tentar alcançar de fato o ensino com qualidade.
Podemos, por exemplo, assessorar na capacitação dos professores, mostrando a adequada forma de se colocar dentro de uma sala de aula, observando a postura corporal, a melhor maneira de utilizar a voz ao se comunicar com os alunos.
Observar os espaços físicos que envolvem toda a gama de trabalho da escola. Dar preferência às salas de aula nos locais que estejam longe do barulho das ruas.
Esclarecer aos pais, nas palestras que a escola costuma periodicamente reuni-los, o trabalho desenvolvido para melhorar a comunicação entre professores e alunos, informando-lhes sobre o ganho na qualidade ensino.
Reunir, periodicamente, com a equipe técnica da escola para levantarmos as características do perfil da comunidade escolar, orientando nas mudanças necessárias das ações efetivas e enfatizando as qualidades daquelas ações existentes.
Isto pode ser realizado com triagens periódicas, selecionando as dificuldades encontradas em todo contexto de ensino e aprendizagem. Por exemplo, quais os alunos que estão conseguindo acompanhar melhor? Quais estão encontrando mais dificuldades? Daí, detectarmos os pontos frágeis destes fatos.
Apresentar periodicamente os resultados do trabalho à equipe técnica, apontando as conquistas e reestruturar o que ainda temos a realizar. Lembrando que para que o trabalho seja de fato efetivo é preciso mobilizar todo o conjunto de profissionais que compõem a escola.
Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia
Saiba mais clicando
aqui.