Sexta-feira, 26 de outubro de 2007, atualizada às 15h54
Juiz de Fora é a terceira cidade no estado com maior número de pacientes com doença falciforme. Conheça a doença
Repórter

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Neste sábado, 27 de outubro, comemora-se o dia nacional de luta pelos direitos das pessoas com doença falciforme. Segundo a presidente da Associação dos Portadores de Anemia Falciforme e do Traço Falcêmico de Juiz de Fora e Região (APAFTF), Maria da Penha Silva, são mais de 400 pessoas com a doença na região, ficando atrás de Belo Horizonte e de Montes Claros, em número de pacientes cadastrados e em atendimento nos Hemocentros.
Deste total, 291 são adultos e 147 são crianças. A associação atende a 31 municípios na região
de Juiz de Fora, sendo 50 pessoas cadastradas e que recebem ajuda. A doença
é resultante de alteração genética dando às hemácias a forma de foice. "A doença
hematológica é hereditária. As hemácias são em formato de foice e sua aglomeração provoca
muita dor"
, explica Maria da Penha.
Geralmente as dores aparecem mais nas articulações, porém, pode acontecer em qualquer parte
do corpo. "Cada paciente reage de uma maneira. As dores também aparecem nas costas, barriga
e pernas, provenientes dos músculos ou ossos"
. Quem possui a doença deve tomar muito líquido, cerca de dois litros por dia,
tomar as vacinas especiais anti-gripe e pneumonia, estar bem
agasalhado no inverno e no verão usar roupas bem leves.
"A doença tem tratamento,
mas não tem cura. Existem medicamentos que vão ajudar. O importante é fazer o
acompanhamento necessário e não perder as esperanças. Nosso trabalho na Associação
é muito cansativo. Estamos lutando para conseguirmos melhores condições e garantir
alguns direitos, como o passe livre no transporte público, pois a maioria das pessoas
que atendemos precisam"
, completa.
Para entrar em contato com a Associação dos Portadores de Anemia Falciforme e do Traço Falcêmico de Juiz de Fora e Região (APAFTF) é só ligar para o número (32) 8404-0300.