Segunda-feira, dia 22 de janeiro de 2008, atualizada às 18h05
Mudanças nas regras do plano de saúde vão afetar diretamente o bolso dos clientes
Repórter

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Os planos de saúde devem ficar cerca de 10% mais caros a partir de abril, depois que a Agência Nacional de Saúde (ANS) modificou as regras para planos de saúde. A alteração amplia os atendimentos obrigatórios dos planos e vai gerar uma ação judicial da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge).
A Resolução Normativa nº 167, que entra em vigor dia 2 de abril de 2008 inclui nos planos algumas novas tecnologias, como o Yag Laser (para cirurgia de catarata), procedimentos para anticoncepção (DIU, vasectomia e ligadura tubária) e cirúrgicos e invasivos, além de exames laboratoriais. Além disso vai estar garantida a cobertura ambulatorial a atendimentos de terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e psicoterapia.
De acordo com o diretor de uma empresa que oferece planos de saúde em Juiz de
Fora, Gilberto Quinet de Andrade, os custos operacionais
vão aumentar em 10%. "Esse preço vai ser repassado aos novos planos. As empresas
devem fazer um cálculo do impacto atuarial para não ficar no prejuízo"
.
Com as novas medidas, as empresas que vendem planos de saúde vão ter que buscar outros conveniados, contratar novos serviços e credenciar clínicas. Os planos firmados depois do dia 1º de janeiro de 2009, ficam com esses benefícios e não podem ter valor reajustado.
Mas a justiça pode mudar essa decisão.
Segundo Gilberto Quinet, a Abramge já estuda uma ação judicial, em que pede a suspensão
da medida da ANS, já que algumas empresas não conseguiriam sobreviver a esse
aumento de custos. "Algumas trabalham com margem de lucro inferior a 10%. Se
a despesa aumentar neste índice elas não têm condição de sobreviver"
, diz.