Mais de 200 pessoas comparecem na Campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele
Repórter
Durante este sábado, 29 de novembro, mais de 200 juiz-foranos compareceram ao Hospital Universitário (HU) para realizarem exames gratuitos para diagnóstico de câncer de pele. A ação, que fez parte da Campanha do Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele também prestou esclarecimentos sobre a doença, suas formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce.
Segundo a coordenadora do projeto na cidade e professora de dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Maria Tereza Feital, o câncer de pele pode ser fatal. "São formações que surgem na superfície da pele e podem degenerar no local, formando lesões grandes, as vezes profundas, que podem levar a morte justamente por atingir um órgão vital, como o cérebro", explica.
De acordo com a professora, existem três tipos da doença. "Um é o basocelular, que é lento e demora muito tempo. Ele parece uma verruga, que sangra e volta, cicatriza, mas um dia ele volta a crescer. Tem o espinocelular que tem o mesmo aspecto, e como é uma lesão que não cicatriza, compromete os órgãos internos. O mais comum é o melanoma, que parece uma pinta, que lembra uma azeitona preta, e esse tumor ataca rápido, comprometendo o corpo todo", comenta.
Maria Tereza afirma que, como o câncer de pele não apresenta nenhum sintoma além de uma ferida não cicatrizada, o exame de diagnóstico é importante. "É uma doença comum para pessoas de pele clara e que se expõe muito ao sol. Não quer dizer que as mais morenas não tenham, mas a tendência é bem maior para as pessoas que ficam ficam muito vermelhas quando ficam expostas ao sol. O dermatologista consegue identificar com um dermatoscópio ou a biópsia, por isso é importante fazer o exame", revela.
E, de acordo com a coordenadora do projeto, quem estiver com a doença tem duas saídas. "A radioterapia e a quimioterapia não são usadas no câncer de pele e a cirurgia é o recurso mais indicado. No entanto, quando a lesão é superficial, também pode ser tratada com medicamentos. Para se proteger, é necessário evitar o sol entre 10h às 15h e usar protetor solar, principalmente nas partes que ficam mais expostas ao sol", conclui.
O câncer da pele é o mais comum de todos os tipos de câncer e representa mais da metade dos diagnósticos da doença. São estimados 188.020 novos casos no Brasil em 2014, segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca). O câncer da pele não melanoma é o mais incidente no Brasil, com 182.130 casos novos previstos para 2014, também segundo o Inca. Desse total, 98.420 devem ocorrer em homens, e 83.710 em mulheres. Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (2.960 casos novos em homens e 2.930 em mulheres), totalizando 5.890.
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